No ano de 1990, o Brasil vendeu mais de 31 mil unidades de vinil. O número caiu para pouco mais de mil em 1996, o auge da substituição pelos CDs, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Disco. Mas, se você acha que o bolachão já morreu, está muito enganado. Este ano, a reabertura da Polysom, a única fábrica de vinil da América Latina, veio para mostrar que essa indústria volta a ganhar fôlego. E 2010 parece o marco da mudança deste cenário, a empresa espera produzir cerca de 200 mil discos em um ano – cerca de 10% da produção atual de LPs nos Estados Unidos.
Gradualmente, muitos artistas brasileiros voltam a publicar suas obras também no discão preto. Recentemente, Lenine, Pitty, Cachorro Grande, Fernanda Takai, Nação Zumbi, Mukeka di Rato e Dead Fish aderiram ao LP – alguns deles começaram sua carreira musical muito depois da chegada dos compact discs. O número de LPs por músico ainda é baixo, a maioria produz uma primeira leva de de 500 discos e depois pode aumentar, informa a assessoria de imprensa da Polysom.
Mas, afinal, por que voltar a fabricar o vinil se cabem muito mais músicas no CD e , agora, a música digital permite um estoque quase infinito de discografias? “Basicamente, o som do vinil tem muito mais profundidade e existem muitas possibilidades gráficas em razão do tamanho das capas – cerca de 31cm x 31 cm”, diz João Augusto, proprietário da Polysom.
por Denise Dalla Colletta
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