Dorian Gray é um rapaz belíssimo da alta sociedade. Ele posa para um amigo que é pintor: Basil Hallward. O retrato fica belíssimo e ao vê-lo Dorian exprime o desejo de que o quadro pudesse envelhecer e ele continuar eternamente com seu rosto jovem. Mal sabe ele que seu desejo é atendido e que sua vida sofrerá muitas mudanças.
Com as influências de um amigo, Lorde Henry, Dorian se torna egoísta, devasso e mau. No entanto, seu rosto continua com os traços angelicais dos seus 18 anos. Da boca do personagem Lorde Henry percebemos como Oscar Wilde via a vida e o autor declara em seu prefácio que "Vício e virtude representam para o artista a matéria prima da sua arte".
O início do livro se arrasta. Os diálogos, pensamentos e sentimentos das personagens são longos e profundos. Não há muita ação. Quando Dorian descobre que seu desejo foi atentido e o retrato está se transformando, o livro ganha mais ação. A descoberta do quadro é um momento suprime. Só ao ver estampado na pintura todas suas experiências de vida, Dorian percebe tudo o que fez na vida. Seus questionamentos são longos e Oscar Wilde descreve seus traços psicológicos de forma muito elaborada: seus conflitos, desejos, sua visão de mundo.
É um livro que nos faz pensar sobre a juventude, o valor da beleza na sociedade, a vaidade e o caráter das pessoas. Vale a pena superar o início lento do livro para chegar ao final, que, claro, não vou contar. Para quem gosta de ver obras literárias nas telas, o livro já foi filmado e pode ser encontrado nas locadoras que possuam obras mais antigas. De vez em quando também é possível vê-lo nas sessões de madrugada das grandes emissoras. É ficar atento...
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