terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Erico Caldeira


A língua do amor


            Não foi uma nem duas vezes que ouvi dizer que o francês é a tal “língua do amor”, por causa de sua sonoridade peculiar. Eu não sou uma autoridade em língua francesa, mas depois de estudar o referido idioma por um ano, além de fazer um curso de espanhol e outro de inglês, acho prudente falar algumas coisas.
            Primeiro: a sonoridade do idioma não depende apenas dele, mas principalmente da pronúncia de determinada pessoa. O sotaque, se preferirem chamar assim.
            Segundo: quando você não entende um idioma, tudo o que falam nessa língua soa como “blablabla + sonoridade da fala”, o que inclusive facilita gostar de músicas, por exemplo, em inglês, por que muitas pessoas pegam só o ritmo e a melodia da canção, dando pouca importância às letras. Já quando você entende a porra do idioma, as coisas soam como algo banal, quase como quando se fala o português.
            Terceiro e último: não acredito que o amor tenha língua, pois idiomas são muito limitados para uma emoção tão complexa. Ponto.
            Deixo aqui duas músicas, uma em castelhano (vale lembrar que não existe “língua espanhola”) e outra em francês, com respectivas traduções, para que tirem (ou não) suas próprias conclusões:

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