segunda-feira, 14 de maio de 2012

Manuella Kleemann


Fume meus vazios

Fume minha alma e vicie-se,
Pois este vício doente,
Tornou-se dependente do viciado.
Mascou a tentação do próprio detrito.

Sacie sua gula com meu sangue
E engasgue-se com sua frieza.
Cuspa este uísque possante
Que envenena suas veias.

Liberte-me de minha existência,
Mas que seja por seus tatos,
Descarregue a raiva ao matar-me
Como se fosse amor doentio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário