Breve irei voar até alcançar a estrela
Que me guiou em noites silenciosas
No curso de minha vida passageira
Efêmera tal como pétalas de rosas.
Ao encontro da morada de meus sonhos
Que acalentei sem jamais poder realizar
Levo a saudade em meus olhos tristonhos
De quem tanto amei sem nunca conquistar.
Réu confesso de múltiplos pecados
Que a matéria imperfeita realizou
Desejos de corações apaixonados
Doces mistérios e encantos do amor.
Levo n'alma teus sonetos e poesias
Que deslumbrado li com muita emoção
Versos que me deram tantas alegrias
Cativando meu romântico coração.
Mulher poesia de olhar encantador
Fascínio envolvente da lua prateada
Da divina natureza todo esplendor
Faróis que iluminaram minha estrada.
Amor que vence a barreira da distância
Desafiando limitações do mundo virtual
Alimentando com vigor a esperança
De ter nos braços o que sabe ser real.
De minha trajetória quero saber a razão
De ao buscar te encontrar eu me perder
Nos labirintos que levam ao teu coração
Amor sublime que jamais vou esquecer.
Da vida decepções que me marcaram
Na ilusão que alimentou os dias meus
Amizades que minh'alma conquistaram
Me deixando sem ao menos um adeus.
Da infância recordações maravilhosas
Onde julgava que a tristeza não existia
Conduzido pelas mãos tão carinhosas
Da mãe saudosa que amo noite e dia.
Retóricas que ingênuo acreditei
Carinhos desprovidos de verdade
Paz que inutilmente procurei
No mundo de egoísmo e falsidade.
Se ao pai puder ver indagarei sem temor
O porquê de ter sua criação abandonado
Se o filho que nos enviou com tanto amor
Na cruz perdoou todos nossos pecados.
Deixo meus versos a mercê do tempo
Que apaga o que um dia fez sentido
Elos fragmentados levados pelo vento
Lembranças de um poeta esquecido.
A métrica dos quartetos me lembrou Dante, mas o conteúdo dos versos me lembrou o belo-triste de Goethe.
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