quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Coluna: Devaneios Românticos - por Murilo Brasil

Querer que alguem te ame da mesma forma como você a ama não é amor, isto pode ser chamado de atitude mesquinha, orgulho entre outros adjetivos que definam a mesquinhez e grau de individualidade da pessoa.
Cada um reage às diversas situações da vida de uma forma única. A pessoa "cria" ou copia uma forma de expressar seus motivos e desmotivos, muitas vezes buscando rotas alternativas, para não enfrentarem realmente seus problemas e medos.
Mais quando se trata de amor, sentimento, relacionamento, somos campeões em fugir do confronto, da realidade, muitas vezes das nossas realidades, e das realidades do outro também... Na maioria das vezes temos atitudes que dizem meias palavras, e achamos que o outro deveria entender o que queremos dizer (fato é, que muitas vezes a outra pessoa entende); mas, a problematização é que entramos num labirinto de meias conversas que não temos... e por fim acabamos infelizes e frustrados por não conseguir entender claramente como tudo teve um fim!
Acredito (sei que raramente uso a primeira pessoa em meus textos) que na maioria das vezes é bem isto que causa nossos rompimentos indesejados, queremos ser amados e amar, mas exigimos que o outro nos ame da forma que entendemos o amor... Para mim, mesmo agindo assim na maioria das vezes, isto soa contraditório, pois quando amamos deveriamos deixar a outra pessoa livre para nos amar da forma dela e assim, ambos se entenderem e numa sinfonia belíssima desfrutar deste sentimento que persiste em ser a tônica de toda existência...
Enfim, até quando amamos, acabamos por sermos mesquinhos e egoístas... até quando, seremos assim? Será, que aprenderemos um dia a viver realmente em comunhão com o outro, e principalmente com a pessoa que amamos? Enquanto isso, vamos quebrando sonhos, dilacerando corações e sofrendo a amargura de um NÃO SABER AMAR...





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