"Nada acontece por acaso. Não existe a sorte. Há um significado por detrás de cada pequeno ato. Talvez não possa ser visto com clareza imediatamente, mas sê-lo-á antes que se passe muito tempo." Richard Bach
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Thayla Gevehr
O que é ser cheio de si mesmo? Ser em silêncio não é arrogância. Eu sou sempre junto, mas um junto que tem e reconhece o seu lugar. Os maiores choques de experiência são solitários, e isso não acontece com a exclusão do outro. Preciso tanto do outro, que meu respeito é do tamanho da minha necessidade ( muita!). Eu sou apenas quieta!
***
Hoje tive a chance de mais um dia experimentar,
e não vejo razão para não agradecer.
Nada de tão diferente ocorreu,
em nada escapou a grande labuta -
essa mesma de todos os dias, que percorre a vida!
Hoje não tive chance de maldizer o meu tempo.
Não tive a oportunidade de me dotar do enfado que às vezes parece ser o viver,
Simplesmente porque tudo aquilo que não me pertence se chama excesso.
Qualquer dor ou fardo são a medida correta.
Eu sou a fonte de onde jorra força suficiente,
De onde resgato a capacidade de carregar o que me pertence -
O que me deixo pertencer.
Meu corpo em sua constituição acolhe o que sou,
o que tenho,
sem titubear um instante sequer.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ei, menino, muito obrigada! Mas o escrito sempre vem de alguma coisa que nos inspira, e no meu caso foi uma linda poesia. Tão linda que foi capaz de roubar todos os meus sentimento e converte-los em palavras. O que está escrito aí por primeiro é quase uma reclamação, ou uma constatação do convívio com os outros. A segunda parte é o fruto da leitura que mencionei. Vou postar a poesia que li no facebook de outra pessoa e que me marcou muito.
ResponderExcluir"Dádiva (Czeslaw Milosz)
Um dia tão feliz.
O nevoeiro levantou cedo, eu trabalhava no jardim.
Os beija-flores pairavam sobre a madressilva.
Não havia na Terra coisa que eu quisesse ter.
Não conhecia ninguém digno de minha inveja.
O que houvera de mal, já tinha esquecido.
Não sentia vergonha de me lembrar que tinha sido quem fôra.
No meu corpo nada doía.
Endireitando as costas, via as velas e o mar azul."
Foi essa que gerou o que escrevi aí, na segunda parte.